Conselhos de uma Geriatra

Estamos envelhecendo. Não nos preocupemos! De que adianta, é assim mesmo. Isso é um processo natural. É uma lei do universo conhecida como a 2ª Lei da termodinâmica ou Lei da Entropia. Essa lei diz que: “A energia de um corpo tende a se degenerar e com isso a desordem do sistema aumenta”. Portanto, tudo que foi composto será decomposto, tudo que foi construído será destruído, tudo foi feito para acabar. Como fazemos parte do universo, essa lei também opera em nós.

Com o tempo, os membros se enfraquecem, os sentidos se embotam. Sendo assim, relaxe e aproveite.

Parafraseando Freud: “A morte é alvo de tudo que vive”.

Se você deixar o seu carro no alto de uma montanha, daqui a 10 anos ele estará todo carcomido. O mesmo acontece a nós.

O conselho é: Viva! Faça apenas isso. Preocupe-se com o dia de cada vez. Como disse um dos meus amigos a sua esposa: “me use, estou acabando!”. Hilário, porém realista.

Ficar velho e cheio de rugas é natural. Não queira ser jovem novamente, você já foi. Pare de evocar lembranças de romances mortos, vai se ferir com a dor que a si próprio inflige. Já viveu essa fase, reconcilie-se com sua situação e permita que o passado se torne passado. Esse é o pré- requisito da felicidade.

“O passado é lenha calcinada. O futuro é o tempo que nos resta: finito, porém incerto” como já dizia Cícero.

Abra a mão daquela beleza exuberante, da memória infalível, da ausência da barriguinha, da vasta cabeleira e do alto desempenho, pra não se tornar caricatura de si mesmo. Fazendo isso ganhará qualidade de vida.

Querer reconquistar esse passado seria um retrocesso e o preço a ser pago será muito elevado. Serão muitas plásticas, muitos riscos e mesmo assim você verá que não ficou como outrora. A flor da idade ficou no pó da estrada. Então, para que se preocupar?! Guarda os bisturis e toca a vida.

Essa resistência em aceitar as leis da natureza acaba espalhando sofrimento por todos os cantos. Advêm consequências desastrosas quando se busca a mocidade eterna, as infinitas paixões, os prazeres sutis e secretos, as loucas alegrias e os desenfreados prazeres.

Isso se transforma numa dor que você não tem como aliviar e condena à ruína sua própria alma.

Discreto, sem barulho ou alarde, aceita as imposições da natureza e viva a sua fase. Sofrer é tentar resgatar algo que deveria ter vivido e não viveu. Se não viveu na fase devida, o melhor a fazer é esquecer.

 Você não tem de experimentar todas as coisas, passar por todas as estradas e conhecer todas as cidades. Isso é loucura, é exagero. Faça o eu pode ser feito com o que está disponível.

Quer um conselho? Esqueça. Para o seu bem, esqueça o que passou. Tem tantas coisas interessantes para se viver na fase em que está. Coisas do passado não te pertencem mais.

Se você tem esposa e filhos, experimente vivenciar algo que ainda não viveram juntos, faça a festa, celebre a vida, agora você tem mais tempo, aproveite essa disponibilidade e desfrute. Aceitando ou não, o processo vai continuar. Assuma viver com dignidade e nobreza a partir de agora. Nada nos pertence.

Tive um aluno com 60 anos de idade que nunca havia saído de belo horizonte. Não posso dizer que, pelo fato de conhecer grande parte do brasil, sou mais feliz que ele. Muito pelo contrário, parecia exatamente o oposto.

O que importa é o que está dentro de nós, a velha máxima continua atual como nunca: “quem tem muito dentro precisa ter pouco fora”.

Esse é o segredo de uma boa vida.

                                                                                                                            Dr. Joston Miguel

 

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NOMOFOBIA: O VÍCIO PELO CELULAR

A nossa sociedade está sempre em constantes transformações tecnológicas, as quais é imperativo nos adaptarmos de maneira positiva a estas continuas mudanças. Quando esta adaptação acontece de maneira precária, inadequada ou ineficiente, surgem nos indivíduos diversos problemas de ordem física, emocional, comportamental e psicossocial. Com a internet não é diferente.

A internet facilita muito a nossa vida diária. Podemos fazer muitas coisas através desta ferramenta fantástica: interagir com novas pessoas, realizar pagamentos online, trabalhar, estudar e encontrar inúmeras possibilidades e oportunidades que antes sequer vislumbrávamos. Mas como tudo na vida apresenta os dois lados da moeda, dependendo do uso que fazemos de tudo, o advento da internet também trouxe consigo uma gama de desafios e consequências que a revolução tecnológica implementou, inclusive enfermidades para as pessoas que não a usam de uma maneira consciente.

Isto acontece quando as pessoas não sabem fazer uma boa administração do tempo de uso dos dispositivos eletrônicos, se deixando envolver além da conta, sem estabelecer limites, bem como deixam de viver as possibilidades de uma vida real para mergulhar em uma ilusão ou irrealidade. Sendo assim, sentem-se mais motivadas em viver em um outro mundo, o virtual. Temos o poder de escolher em utilizar a tecnologia a nosso favor, nos beneficiando de todas as facilidades que ela oferece, ou

nos tornarmos escravos dela, vivendo em uma solidão coletiva e desconectados da vida real, o que é alienante.

Gostaria de ressaltar acerca dos smartphones. Hoje, a função de um celular vai muito além do receber e realizar chamadas. Podemos fazer uso, abuso ou desenvolver uma dependência do aparelho móvel. Neste ultimo caso, o da dependência, tenho a impressão de que para algumas pessoas o celular passou a ser uma verdadeira extensão do próprio corpo.

Quando o uso de ferramentas tecnológicas como tablet ou smartphones se tornam um vicio ou uma dependência, prejudicando a realização das atividades cotidianas da pessoa, interferindo em suas relações sociais e familiares, prejudicando o foco nas atividades laborais e trazendo consequente prejuízo acadêmico ou lavorativo, já temos elementos suficientes para classificar um transtorno e que tem nome: nomofobia.

Caso você esteja apresentando os seguintes comportamentos:

1- constantemente controlando seus e-mails;

2- Não sai das redes sociais e deixa até de se alimentar para permanecer no chat;

3- Escuta o telefone tocar ou vibrar mesmo estando desligado (sintoma fantasma).

 Por Soraya Rodrigues

Fonte:http://www.revistamulheresmaduras.com.br/2018/07/18/nomofobia-o-vicio-pelo-celular/

 

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O PSICANALISTA E SUAS FORMAS DE PRESENÇA

De tempos em tempos, a Psicanálise é convocada a posicionar-se frente a críticas vindas de outros campos do saber ligados ao sofrimento humano no que diz respeito à sua atualidade clínica. Muitas dessas críticas atestam um desconhecimento sobre o movimento psicanalítico e, principalmente, sobre os desenvolvimentos no sentido de responder aos desafios da clínica contemporânea.

Nas últimas décadas, os psicanalistas vêm se debruçando sobre o tema do enquadre (Winnicott, Bleger), convocados pela clínica a inventar novas formas de presença que favoreçam o trabalho junto a pacientes ou situações clínicas nos limites da analisabilidade.

André Green é um psicanalista que nos ajuda a construir metapsicologicamente a necessidade dessas novas possibilidades de presença. Se o trabalho do aparelho psíquico é o da representação, as condições da análise devem ser tais que favoreçam esse trabalho (e não serão as mesmas em diferentes situações).

Em Freud, a clínica e a pesquisa nunca estiveram dissociadas, tendo a primeira sempre provocado investigações que o fizeram reformular a teoria. O lugar do analista nessa linhagem freudiana não poderia ser o de mero reprodutor de teorias bem acabadas, mas, possuidor de um repertório herdado de seus

mestres, participar do espírito do seu tempo buscando responder a perguntas pelas quais se deixará tocar. Isso implica uma apropriação crítica e criativa da

herança recebida, retrabalho constante em uma psicanálise vitalizada, como pode ser visto mesmo nos movimentos internos à própria obra freudiana.

O trabalho com as neuroses demonstra que a atitude abstinente e mais silenciosa do analista e o uso do divã limitando o polo motor, tal qual o modelo do sonho, favorecem a associação e o processo de simbolização. Diante da angústia despertada na situação analítica, a força pulsional investe as representações que vão, através da cadeia associativa, encontrar vias secundárias de satisfação. O paciente fala, sonha, produz sintomas e o analista se dispõe a um estado de atenção flutuante que o permite acompanhar e atuar nas trilhas que as palavras do paciente puderam deixar. Essa aposta, no caso do funcionamento neurótico, é geralmente bem-sucedida, pois nesses casos podemos contar com as condições para o processo representacional que se encontram construídas e mais ou menos bem preservadas.

Mas nem sempre é assim. Há situações clínicas, ou momentos na análise, em que essas condições de enquadre estabelecidas para favorecer a representação, ao contrário, as dificulta. O excesso de excitação pulsional reavivado na situação transferencial interrompe as cadeias de ligação. Diante de angústias que oscilam entre abandono e intrusão, o silêncio do analista pode ser sentido pelo paciente como mortífero. As falhas do trabalho da representação tais como reveladas na análise denunciam as marcas das condições constitutivas de origem junto ao objeto (invasão e abandono) o que impõe ao analista um manejo diferente para restaurar em certa medida a via associativa. Nessas condições menos favoráveis, o trabalho psíquico do analista é chamado a comparecer, sua própria elaboração imaginativa ganha lugar e o analista buscará encontrar a justa distância que o permita se manter vivo sem se tornar invasivo. Como intervir respeitando essa justa distância? O que faz o trabalho de simbolização falhar em certas condições?

Foi diante destas dificuldades impostas ao trabalho analítico que Green propôs seu projeto para uma psicanálise contemporânea, um projeto coletivo de investigação das condições de representação no enquadre analítico, tomando como matriz clinica as situações nos limites da analisabilidade. O projeto é coletivo, e estamos todos convidados a dele participar.

Algumas das respostas pessoais de André Green a essas perguntas serão trabalhadas no curso “André Green e a Psicanálise Contemporânea”, oferecido pela SBPSP.

 Berta Hoffmann Azevedo é membro filiado ao Instituto de Psicanalise Durval Marcondes da SBPSP, mestre em Psicologia Clínica pela PUCSP, docente do curso “André Green e a Psicanálise Contemporânea” pela SBPSP e autora do Livro Crise Pseudoepiléptica, coleção Clínica Psicanalítica (Ed. Casa do Psicólogo).

                                                                                           bertaazevedo@hotmail.com

Fonte: psicanaliseblog.com.br/2017/04/02/o-psicanalista-e-suas-formas-de-presenca/

 

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GENTE TÓXICA

Não existe grupo social, família, empresa onde não existam uma ou mais pessoas tóxicas. É preciso saber reconhecê-las com uma certa rapidez, para podermos acionar as defesas necessárias, ou para fugir correndo do raio de alcance delas. Estou falando dos vampiros psíquicos, ladrões de emoções e afetos, homens e mulheres que aparentam ser totalmente normais e inofensivos, mas que na verdade parecem ter na vida um único objetivo: arruinar a nossa. Foi a psicóloga norte-americana Lillian Glass, especialista em linguagem corporal, que os definiu “gente tóxica” e os classificou em dez categorias. Glass sugere para cada uma delas as medidas de defesa mais adequadas. Trata-se de pura sobrevivência: Ou nós, ou eles.

  1. O sociopata. 

É o indivíduo tóxico mais perigoso de todos, até porque, de início, ele produz uma ótima impressão, pois é um sedutor e costuma dizer tudo aquilo que agrada ao outro. Destituído de escrúpulos, incapaz de assumir a responsabilidade pelos seus próprios atos, o sociopata mente sem hesitação para alcançar seus objetivos. Ele não se preocupa com os sentimentos, nem com os direitos dos outros. Tampouco se preocupa em demonstrar um pouco de bom senso, visto que é capaz de se contradizer desde que isso lhe traga algum proveito. Cheio de si, sempre a se vangloriar, repete continuamente a palavra “eu”. O melhor modo para se reconhecer um sociopata é olhar firmemente o seu rosto: não move os músculos, não exprime emoções. Até porque não as experimenta. A melhor defesa contra esse tipo de psicovampiro? Fugir dele o mais rapidamente possível.

  1. O invejoso. 

Está continuamente a remoer na própria mente e na fala aquilo que os outros possuem e ele não. Na versão mais extrema, o seu objetivo torna-se o de destruir os invejados maltratando-os verbalmente e desvalorizando cada uma das conquistas que eles alcançam.  O invejoso não consegue conceber que os sucessos obtidos pelos outros possam ser o resultado de sacrifícios, fadiga e perseverança, e assim sendo espalha veneno sob a forma de fofocas malignas, piadas sarcásticas, murmúrios e críticas destituídas de fundamento. Curiosamente, muitas pessoas desse tipo gostam de se manter em forma, frequentam spas de ginástica: elas são narcisistas dotadas de cérebros vazios. Você vai bem na escola, tira notas altas? O invejoso dirá que você é um puxa-saco dos professores, e coisas do gênero. Mas, no fundo, quem mais sofre com isso é o próprio invejoso: vive na insegurança e na frustração.

  1. O arrogante presunçoso.

Pertencem a esta categoria tóxica pessoas que podem se apresentar pedantes e sempre a se vangloriar, convencidas de terem sempre razão e de fazer inevitavelmente as escolhas melhores.

Têm sempre resposta pronta sobre qualquer tema, e chegam a decorar uma série de frases de efeito apenas para dizê-las, como quem tira uma arma do coldre, no momento oportuno, aparecendo assim como pessoa brilhante e melhor do que os outros. Por outro lado, recebem a opinião dos outros sempre com um certo ar de desprezo. Sua frase típica: “Mas você tem certeza disso?” São déspotas intelectuais. Somente as suas opiniões são importantes e todos os meios e recursos são bons para manter viva a atenção dos outros quando pontificam sobre alguma coisa. Quando são obrigados a ouvir, fazem caretas de desprezo, torcem a boca, suspiram, sacodem a cabeça.

No ambiente de trabalho, os arrogantes presunçosos fazem todos os esforços para convencer os outros de que são indispensáveis, mas a verdade é que a sua convicção de ser infalíveis os leva a errar com frequência. Encorajados pelas suas convicções errôneas, acabam, como se costuma dizer, “se enforcando com suas próprias mãos”: um bom grau de autoestima é positivo e útil para se progredir na carreira, mas além de um certo ponto, ela nos torna cegos diante dos erros que cometemos. Até que fica tarde demais.

  1. O fofoqueiro maledicente.

Este é um tipo supertóxico, especializado em criar um ambiente de descontentamento no ambiente de trabalho. Com suas indiscrições, pode comprometer profissionalmente até os colegas mais competentes, e sem com isso usufruir de qualquer vantagem: o maledicente se realiza quando percebe que lhe dão ouvidos e a sua máxima ambição é saber tudo de todos. Exatamente por isso, no entanto, não hesita em exagerar aquilo que acredita saber ou inclusive a inventar fofocas com requintes de imaginação. É muito hábil em decorar uma falsidade com uma enorme quantidade de detalhes mais ou menos verossímeis, até conseguir fazer com que uma mentira seja recebida como verdade. A única defesa contra um fofoqueiro desse tipo é manter-se longe dele e nunca lhe contar nada, nem sequer uma pequena notícia: se o fizermos, entraremos na sua rede de pequenas e grandes mentiras, misturadas a confidências que, cedo ou tarde, o fofoqueiro tornará públicas sem sentir nenhum remorso.

É preciso dizer, no entanto, que todos nós participamos da difusão de fofocas, nem que seja somente através de comentários. Um pouco de autocrítica e de controle da própria língua são qualidade necessárias se não quisermos nos tornarmos pessoas tóxicas.

  1. O chefe autoritário.

Em uma relação de trabalho, o chefe tem todo o direito de dizer aos seus subordinados o que ele espera deles, bem como o direito de criticar os seus resultados se achar isso necessário. Em alguns casos, porém, o chefe se transforma em um déspota que sente prazer em impor a própria vontade e se sente autorizado a humilhar quem trabalha sob as suas ordens. É nesse ponto que ele se torna uma pessoa tóxica. Os autoritários inspiram temor para manter o controle e são capazes de transformar em um fardo insuportável aquilo que aos seus subordinados poderia se tornar um projeto interessante e envolvente. Esses indivíduos tóxicos com frequência se manifestam de forma improvisada e inesperada, e muitas vezes o seu despotismo só aparece depois que obtém o posto de chefia. Até um minuto antes, ninguém podia suspeitar da sua toxidade. Nos casos piores, odeiam aqueles que consideram inferiores e boicotam as ações de alguém que começa a se sobressair porque não suportam o sentimento de serem superados. Chegam inclusive a se infiltrar no tempo livre dos seus empregados, a insultá-los e a ameaçá-los para reforçar o seu próprio domínio. Trabalhar com uma pessoa assim pode se tornar uma verdadeira calamidade. A defesa, em muitos países, vem das novas leis que agora reconhecem o delito de mobbing (uma forma de assédio moral).

  1. O medíocre.

A moleza, a preguiça e o imobilismo constituem comportamentos altamente contagiosos, e por isso é necessário não subavaliar essa tipologia de indivíduos tóxicos. Se eles conseguirem lhe convencer a ver a vida a partir do seu ponto de vista, poderiam inclusive lhe arrastar a uma situação na qual você iria para o trabalho cada vez mais desmotivado, envolvido por uma nuvem de depressão. Embora em geral provoquem danos sobretudo a si mesmos, os medíocres podem envenenar inclusive as pessoas de caráter mais aberto e vital, ao contagiá-los. A solução? Recordar-se sempre de que a escolha dos nossos companheiros de estrada depende sempre apenas de nós mesmos.

  1. A vítima imaginária.

Espalha negatividade a partir de todos os poros, está convencido de que o mundo seja um lugar terrível e se aninha na sua condição imaginária de desafortunado para não fazer nada que possa mudar esse estado de coisas. A sua aversão em relação ao mundo é tão intensa e repetitiva a ponto de contaminar aqueles que lhe dão ouvidos. E, ainda pior que isso: a vítima imaginária tem uma habilidade excepcional para fazer com que os outros se sintam culpados pela sua situação desesperada. Se bebem em excesso, ou se drogam, é um pouco por culpa nossa. Mas podemos ficar tranquilos: as coisas não são assim.

  1. O agressivo verbal.

A sua violência psíquica cria danos em nada inferiores aos maus tratos físicos. Sardônicos, ofensivos, intimidadores, os agressivos verbais têm como primeiro objetivo, em uma discussão, fazer com que o interlocutor se sinta inadequado, débil, frágil e incapaz. Exibem com frequência uma coloração avermelhada na face, inspirando belicosidade, e falam em tom estridente e gritante. Tentar dialogar com eles é tempo perdido: se um dia chegam a elogiar a sua argúcia e a qualidade dos seus argumentos, no dia seguinte – exatamente quando você se sente mais tranquilo – eles podem desferir contra você as flechadas mais ferozes.

Mas há um consolo: as pessoas tóxicas desse tipo não conseguem estabelecer relações duradouras com ninguém, e geralmente acabam sós e abandonadas por todos.

 

  1. O humilhador.

Esta é uma das categorias tóxicas mais odiosas: O humilhador sente prazer ao diminuir suas vítimas, desestabilizando-as emotivamente. Finge-se amigo, afirma querer ajudar, mas na realidade recolhe informações a respeito dos seus defeitos e fraquezas, para depois colocá-lo em situação difícil diante dos outros. Usa constantemente uma máscara e só mostra a sua verdadeira cara quando alcança uma posição de clara vantagem em relação aos outros. Nesse ponto, pode perfeitamente chegar ao insulto explícito.

Um tóxico desse calibre precisa ser vigiado com atenção, até porque suas contínuas flechadas podem criar nos outros um senso de inferioridade que os faz cair ainda mais nas mãos do humilhador. Quando esses tóxicos conseguem conciliar a vida dos outros com as suas tomadas de posição, podem inclusive convence-los de que age daquela forma agressiva para o bem delas, para ajudá-las.

 

  1. O neurótico.

Muitos indivíduos tóxicos podem ser definidos como “maus”, possuidores de índole negativa. Mas este não é o caso dos neuróticos, que ao mesmo tempo fazem danos aos outros e a si mesmos, sem ter nenhum motivo. Os neuróticos se atribuem continuamente objetivos inatingíveis, e se você estiver associado a eles pretenderão a mesma coisa de você.

O seu perfeccionismo desemboca com frequência na mania de controlar tudo aquilo que está ao seu redor, inclusive as pessoas, recorrendo continuamente à chantagem afetiva.
Mas, diferente de vários outros tipos tóxicos, os neuróticos não são pessoas más: gostariam de agradar a todos de uma maneira quase infantil. Fantasiosos e autossuficientes, não escuram conselhos mas estão sempre prontos a ajudar, desde que a pessoa obedeça as suas próprias regras. Os piores são os supertóxicos castradores, aqueles que lhe ajudam somente para poder dizer a fatídica frase: “Com tudo aquilo que fiz por você, é assim que você me paga?”

 Fonte: http://www.luispellegrini.com.br/tag/pessoa-toxica/                   Por Luís Pellegrini

 

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