O prazer por trás da compulsão é preponderante

O psicólogo Breno Rosostolato é especialista no diagnóstico e tratamento da nomofobia, transtorno que leva pessoas ao uso exagerado de aparelhos de telefone celular, podendo desencadear quadros de ansiedade e depressão.

 

A utilização da internet nos chamados dispositivos móveis, intensificada pela facilidade e praticidade na obtenção e propagação de informações e conhecimento, compartilhamento de dados, realização de operações financeiras, compra de produtos, serviços e outras tarefas, é cada vez mais crescente na vida cotidiana. Os celulares, smartphones e computadores, objetos comuns na sociedade contemporânea, tornaram-se “necessários”. Entretanto, seu uso indiscriminado fez surgir um novo transtorno no universo psicológico e já considerado um dos grandes males do mundo moderno: a nomofobia, ou seja, a fobia ou o medo de permanecer isolado e desconectado do mundo virtual.

 

Os sintomas da abstinência do uso de aparelhos tecnológicos no convívio social são tão graves que, em alguns casos, podem ser comparados à abstinência de drogas. Para o professor e psicólogo da Faculdade Santa Marcelina (FASM), Breno Rosostolato, é necessário e urgente discutir com profundidade o problema da dependência desses aparelhos, uma vez que seu uso faz parte de um fenômeno social cada vez mais comum e rotineiro na relação das pessoas com a informatização.

 

Breno Rosostolato é psicólogo, psicoterapeuta clínico especialista em sexualidade humana e educador sexual, pós-graduado em Arteterapia e Hipnose Clínica. Professor da Faculdade Santa Marcelina dos cursos de Enfermagem, Nutrição e Fisioterapia no campus Itaquera. Articulista sobre artigos ligados à Psicologia, sexualidade, comportamento e tendências dos sites Mix Brasil (portal UOL), Be Style (portal R7), portais Terra e IG e ainda nos sites Pau pra Qualquer Obra, Top Vitrine e Nosso Clubinho (conteúdo infantil).

 

De acordo com o psicólogo, embora o uso da tecnologia seja importante e essencial na contemporaneidade, fundamental é entender o cerne da questão, que pode estar associada ao prazer.

 

É CORRETO AFIRMAR QUE A NOMOFOBIA É UM FENÔMENO NOVO, QUE ESTÁ LIGADO A TRANSTORNOS COMO ANSIEDADE E DEPRESSÃO?

BRENO ROSOSTOLATO: Pode ser consequência de uma ansiedade, assim como pode desencadear uma depressão, mas o uso abusivo do celular, e intrinsecamente a essa discussão, o acesso à internet, também está relacionado a outros fatores sociais.

__________________________________________________________________________________ PERSONA CLÍNICA ESPECIALIZADA

 

 

Ter a vida exposta na internet, nas redes sociais, é um fator a ser considerado, afinal, fazer parte de um grupo, ser aceito e popular minimiza o sentimento de solidão

 

QUAIS AS PRINCIPAIS CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS PSICOLÓGICAS DA NOMOFOBIA?

ROSOSTOLATO: A vaidade de postar e ter sua vida exposta na internet, nas redes sociais, também é um fator que deve ser considerado, afinal, o prazer por trás da compulsão é um fator preponderante. Fazer parte de um grupo, ser aceito e popular, ao mesmo tempo que desperta a sensação de pertencimento, minimiza o sentimento de solidão.

 

O PROBLEMA INFLUI DIRETAMENTE NA QUALIDADE DE VIDA DA PESSOA, POIS ELA NÃO ENCONTRA OUTRAS FONTES DE PRAZER E PASSA A SE DESINTERESSAR POR ATIVIDADES SOCIAIS, AFETIVAS E DE LAZER QUE ANTES GOSTAVA. COMO IDENTIFICAR A NOMOFOBIA, UMA VEZ QUE A SOCIEDADE ACEITA O USO ABUSIVO DAS TECNOLOGIAS?

ROSOSTOLATO: Quando a vida virtual passa a ser mais interessante e proporciona mais satisfação à pessoa do que a vida real, esse é um sinal de que ela está substituindo uma pela outra e, com isso, obtendo prejuízos sociais e emocionais. A sociedade vive atrelada às tecnologias, até porque a sociedade é o retrato de vários segmentos como a mídia, o mercado, a política etc., mas a pessoa deve ter o discernimento dos próprios atos e reconhecer seus limites.

 

A PROPÓSITO, EXISTEM CRITÉRIOS PSICOLÓGICOS QUE DEFINEM O QUE É O USO NORMAL DO CELULAR E QUANDO ESSA UTILIZAÇÃO SE TRANSFORMA EM NOMOFOBIA, COMO NÚMERO DE HORAS, POR EXEMPLO?

ROSOSTOLATO: A partir do momento que o uso do celular passa a ser regra para a pessoa a ponto dela mudar a rotina ou que o lazer dela seja, necessariamente, o uso do celular e acessar as redes sociais. Quando o simples fato de ficar sem bateria a deixa nervosa e irritada ou não conseguir ficar sem se conectar podemos aí ter alguns indícios de que a pessoa está perdendo o controle do uso do aparelho.

 

Quando a vida virtual passa a ser mais interessante e proporciona mais satisfação à pessoa do que a vida real, esse é um sinal de que ela está substituindo uma pela outra e, com isso, obtendo prejuízos sociais e emocionais

 

A LITERATURA SOBRE O TEMA COLOCA QUE OS CRITÉRIOS DE DIAGNÓSTICO SE BASEIAM EM TRÊS TRAÇOS: EXCLUSIVIDADE, POR SER A TECNOLOGIA A ÚNICA FONTE DE PRAZER; TOLERÂNCIA, POIS A PESSOA PASSA A GASTAR CADA VEZ MAIS TEMPO COM A TECNOLOGIA; E ABSTINÊNCIA, PORQUE A PESSOA APRESENTA SINTOMAS DESAGRAVÁVEIS QUANDO SE VÊ SEM O APARELHO. VOCÊ CONCORDA COM ESSA TESE?

ROSOSTOLATO: A esses aspectos, que eu concordo, acrescento o fator narcisista, no qual o celular é hipervalorizado e sinal de status. Os recursos que ele oferece, fotos e vídeos de alta resolução, possibilitam à pessoa dar vazão à vaidade. Hoje, podemos filmar qualquer coisa e quando quisermos, o que facilita a invasão ao outro. Tudo pode ser registrado, editado e ainda ser postado nas redes sociais. A busca pela “virilização” da foto ou do vídeo é um fator que resulta em muito prazer ao autor.

 

 

 

__________________________________________________________________________________ PERSONA CLÍNICA ESPECIALIZADA

 

 

EM QUE MEDIDA A PRESENÇA DOS SITES DE BUSCA EM CELULARES E A POSSIBILIDADE DE SEMPRE SE ENCONTRAR RESPOSTA PARA TUDO SÃO FATORES QUE CONTRIBUEM PARA A NOMOFOBIA?

ROSOSTOLATO: Com o surgimento da internet falou-se muito em globalização, que nada mais é do que o acesso rápido, fácil e imediato com qualquer pessoa, em qualquer lugar. Um mundo conectado. As informações passaram a circular com a mesma velocidade das conexões entre as pessoas e o Google passou a ser o principal site de busca dessas informações. O acesso imediato, a facilidade e a praticidade de ter essas informações e esse conhecimento fazem com que muitas pessoas tenham o Google como referência para a busca desse conhecimento. O problema é restringir-se ao Google e esquecer que existem outras fontes de busca de novos saberes. Esse é um fator que pode ter contribuído também para a nomofobia.

 

A caracterização do transtorno se dá quando a pessoa usa tanto o celular a ponto de mudar a rotina e ao ficar sem bateria fica nervosa e irritada por não se conectar

 

EXISTE UM PERFIL PREDETERMINADO DO NOMOFÓBICO OU TODOS ESTÃO SUJEITOS, INCLUINDO AS PESSOAS ADAPTADAS, QUE TRABALHAM, ESTUDAM E SÃO CASADAS?

ROSOSTOLATO: Em um estudo feito pela Universidade de Granada, na Espanha, um levantamento com mil pessoas constatou que 77% dos indivíduos com idade entre 18 e 24 anos estavam sofrendo nomofobia, enquanto que na faixa etária de 25 a 34 anos a incidência foi de 68%. Além disso, a pesquisa constatou que 41% dos entrevistados estavam carregando com eles dois celulares para não ficar desconectado. Observou-se uma incidência mais elevada em mulheres (70%) do quem em homens (61%). No Brasil, o comportamento compulsivo aumentou significativamente entre adolescentes e jovens entre 13 e 25 anos. Segundo dados de 2013 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 66% da população brasileira acima de 10 anos possuíam telefone móvel.

 

HÁ UMA RAZÃO PSICOLÓGICA QUE EXPLIQUE A MAIOR INCIDÊNCIA DO PROBLEMA EM HOMENS OU EM MULHERES?

ROSOSTOLATO: Não. A dependência de celular e internet é bastante equiparada entre homens e mulheres. As questões emocionais relacionadas à nomofobia não diferenciam homens e mulheres.

 

OS JOVENS SÃO MAIS PROPENSOS A ESSE TIPO DE DEPENDÊNCIA?

ROSOSTOLATO: No Brasil, o comportamento compulsivo aumentou significativamente entre adolescentes e jovens entre 13 e 25 anos, idade na qual a opinião dos outros é muito influente. O mais agravante são dois aspectos. Primeiro é que os comportamentos e hábitos que aprendem levarão para a vida adulta. Uma pesquisa do órgão regulador de telecomunicações do Reino Unido, a Ofcom, sugere que 15% leem menos livros por causa do tempo que gastam conectados. O segundo fator é que os jovens têm menos controle sobre seus impulsos e, portanto, mais dificuldade para dosar o uso do smartphone.

 

A sociedade vive atrelada às tecnologias, até porque a sociedade é o retrato de vários segmentos como a mídia, o mercado, a política etc., mas a pessoa deve ter o discernimento dos próprios atos e reconhecer seus limites

 

OS AVANÇOS CONSTANTES DOS RECURSOS TECNOLÓGICOS IMPÕEM A AQUISIÇÃO DE APARELHOS CADA VEZ MAIS SOFISTICADOS, O QUE, DE CERTA

__________________________________________________________________________________ PERSONA CLÍNICA ESPECIALIZADA

 

 

FORMA, CONFERE STATUS ECONÔMICO E SOCIAL. O FATO ESTÁ RELACIONADO À BUSCA PELA REAFIRMAÇÃO DA IDENTIDADE DOS ADOLESCENTES NESSA FASE DA VIDA?

ROSOSTOLATO: Os adolescentes são fruto de uma sociedade imediatista, que defende a ideia de padrões de beleza e status. Uma sociedade que enaltece a popularidade dos iguais e segrega, aniquilando as diferenças.

 

Estudo feito pelo órgão regulador de telecomunicações do Reino Unido indica que 15% dos jovens leem menos livros em função do tempo que gastam conectados

 

A ORIGEM DO USO INDISCRIMINADO DO CELULAR POR ADOLESCENTES PODE ESTAR RELACIONADA À INSEGURANÇA DOS PAIS, QUE PRECISAM ESTAR SEMPRE RECEBENDO NOTÍCIAS DOS FILHOS?

ROSOSTOLATO: Isso também, mas existe outra reflexão que gostaria de fazer. Muitos pais usam o celular como uma maneira de distrair a criança. Um presente que ocupe o tempo e retire dos pais a responsabilidade de cuidar e participar da vida dos filhos. Infelizmente, já vi pais presentearem crianças de sete anos com celulares. O que está por trás disso?

 

COMO VOCÊ DISSE, HOJE, CRIANÇAS DE SEIS OU SETE ANOS JÁ USAM MUITO O WHATSAPP E OUTROS RECURSOS DO CELULAR, COM CASOS DE VERDADEIROS VÍCIOS EM APLICATIVOS DE JOGOS. NESSAS SITUAÇÕES, QUAL A FRONTEIRA QUE SEPARA A “NORMALIDADE” DA INDUÇÃO À NOMOFOBIA?

ROSOSTOLATO: Uma situação bem emblemática. Quando essa criança está diante de amigos e de brinquedos e a possibilidade de interação com os outros, mas prefere ficar ao celular dentro de casa e nega constantemente o convite dos amigos, isso já é um sinal evidente de que algo está errado.

 

TAMBÉM HÁ RELATOS DO USO EXAGERADO DO CELULAR NOS RELACIONAMENTOS. MUITAS PESSOAS ENCERRAM NAMOROS POR MEIO DE MENSAGENS. ISSO SERIA PATOLOGIA OU PROBLEMAS DE VALORES?

ROSOSTOLATO: O ghosting é um termo que designa um comportamento que muitas pessoas vêm adotando para terminar um relacionamento, sem o ônus de encarar o fim. Ficam com o bônus de um final sem maiores constrangimentos e justificativas. É como se “tivessem saído para comprar cigarro na esquina” e não voltaram mais e, assim, dá um ghosted. Fantasmando aqui e acolá. Curioso que, no inglês, tudo pode virar verbo. Aqui o sujeito conjuga o verbo “fantasmar”. A pessoa vai desaparecendo aos poucos, não apenas da vida real, como também da vida virtual. O efeito Gasparzinho, o fantasminha, no caso nada camarada. Terminar é dar um desfecho. É fechar uma porta ou, às vezes, não precisar fechar. Deixá-la aberta para uma amizade, e por que não? Terminar com aquele que você viveu durante um tempo é conversar tête-à-tête e, por respeito aos dois, falar e ouvir. E conversar é sempre estar diante do verso do outro. Portanto, esteja preparado para aprender com o que o outro tem a dizer.

 

Os recursos que o celular oferece possibilitam à pessoa dar vazão à vaidade. Hoje, podemos filmar qualquer coisa e quando quisermos, o que facilita a invasão ao outro. Tudo pode ser registrado, editado e postado nas redes sociais

 

O USO DO CELULAR PARA O TRABALHO TAMBÉM É EXACERBADO EM MUITOS CASOS. HOJE, PODEMOS RESPONDER E-MAILS POR MEIO DO APARELHO, USAR

 

__________________________________________________________________________________ PERSONA CLÍNICA ESPECIALIZADA

 

 

WHATSAPP PARA FALAR COM CLIENTES, E ISSO POR 24 HORAS. COMO OBSERVA ESSA IMPOSIÇÃO DA SOCIEDADE POR RESPOSTAS RÁPIDAS?

ROSOSTOLATO: A ansiedade é a doença da sociedade contemporânea. Tudo é imediato, assim como a necessidade de respostas. As pessoas são escravas de um sistema consumista e materialista. Elegem-se os iguais e os monstros. Não somos cordiais, pelo contrário, somos selvagens e violentos. Inveja-se o sucesso alheio e, ao invés de lutar para conquistar o que o outro também conseguiu, prefere-se retirar dele. Relações efêmeras e fantasiosas. Não é à toa que a vida virtual é enaltecida. A realidade está cada vez mais difícil de encarar.

 

A PSICOLOGIA CONSIDERA FATORES DE RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO DA DEPENDÊNCIA, COMO A OCORRÊNCIA DE EVENTOS TRAUMÁTICOS?

ROSOSTOLATO: O uso exagerado do celular pode denunciar a incapacidade da pessoa em lidar com a solidão e ver o celular como uma companhia, bem como pode ser motivado por fatores emocionais ou traumas.

O ghosting é um termo que representa um comportamento frequente que pessoas usam para terminar um relacionamento, sem o ônus de enfrentar o parceiro

 

EM UMA SOCIEDADE EMINENTEMENTE TECNOLÓGICA, COMO A NOSSA, O APARELHO CELULAR É UM SINÔNIMO DE STATUS E INCLUSÃO SOCIAL. É POSSÍVEL AFIRMAR QUE A NOMOFOBIA REPRESENTA UMA DISTORÇÃO NA MANEIRA DE ENCARAR ESSES ASPECTOS?

ROSOSTOLATO: Eu acho que sim. O celular não é inclusão social. Inclusão social são as pessoas terem acesso às tecnologias, e aí me refiro não só à internet, mas a hospitais bem equipados e que possam assegurar um serviço moderno, ágil e acolhedor. Escolas que possam receber alunos e ofereçam boas condições à educação, materiais adequados e uma alimentação digna e que sustente crianças e adolescentes. Inclusão é disponibilizar espaços públicos para que todos possam transitar e se divertir. Opções de parques e áreas de lazer. O celular deveria ser um instrumento a mais para facilitar a comunicação entre as pessoas e não símbolo de status.

 

AS PESSOAS QUE SOFREM DE NOMOFOBIA SE SENTEM REJEITADAS QUANDO NINGUÉM LHES TELEFONA OU QUANDO PERCEBEM QUE SEUS AMIGOS RECEBEM MAIS LIGAÇÕES DO QUE ELAS?

ROSOSTOLATO: E eis que, quando elegemos o outro como espelho, e fixamos essa ideia, ficamos reféns da inveja. Invejar não é cobiçar. Cobiçar é querer alguma coisa do outro, e o desejo impulsiona a busca. Pode ser negativo ou positivo. Já a inveja é sempre negativa, porque se baseia na tristeza que sentimos pela felicidade alheia. É sentir-se aflito pela prosperidade de outrem, tristeza por saber que o outro tem. Outro aspecto a ser considerado nos dias de urgência e imediatismos é não conseguir lidar com frustrações e a rejeição. Busca-se o outro para preencher os vazios emocionais e aguentar a sensação de abandono.

 

Quando uma criança está diante de amigos e de brinquedos e a possibilidade de interação com os outros, mas prefere ficar ao celular dentro de casa e nega constantemente o convite dos amigos, é um sinal evidente de que algo está errado

 

EM QUE MEDIDA O PROBLEMA ESTÁ LIGADO A TRANSTORNOS NO CONTROLE DOS IMPULSOS, FAZENDO COM QUE A PESSOA SEJA ACOMETIDA POR UMA APREENSÃO NEGATIVA EM RELAÇÃO AOS EVENTOS FUTUROS?

ROSOSTOLATO: O século XXI é marcado por uma sociedade, eminentemente, ansiosa. Exigida e cobrada constantemente, a pessoa precisa ter respostas para tudo, ser, fazer, ter,

__________________________________________________________________________________ PERSONA CLÍNICA ESPECIALIZADA

 

 

conseguir, ser reconhecida. Essas preocupações, associadas ao medo da violência, são ingredientes cruciais para tal comportamento.

 

ESSE QUADRO PODE CAUSAR SINTOMAS PSÍQUICOS E FÍSICOS DESAGRADÁVEIS. QUAIS SÃO ESSES SINTOMAS?

ROSOSTOLATO: Ansiedade, perda de contato com pessoas próximas, sentir-se mais feliz na vida virtual que na realidade, preocupar-se com as curtidas e compartilhamentos de uma foto e deixar de aproveitar os momentos da vida para postar uma selfie são alguns dos sinais da perda de limite. O uso abusivo do celular pode, inclusive, desencadear depressão.

 

É CORRETO DIZER QUE, EM GERAL, AS PESSOAS NOMOFÓBICAS NÃO ACEITAM QUE SOFREM DO PROBLEMA E ATRIBUEM SUA ANGÚSTIA A VÁRIAS CAUSAS, COLOCANDO A CULPA NO TRABALHO OU NA NECESSIDADE DE SE COMUNICAR COM A FAMÍLIA OU AMIGOS, NO CASO DE ALGUMA EMERGÊNCIA?

ROSOSTOLATO: De maneira geral, o indivíduo que sofre com essa dependência não possui uma percepção mais ampla da dificuldade sofrida e, por isso, atribui o problema a outros setores da vida. Esse é o primeiro passo para a eficácia do tratamento, o reconhecimento do problema e as questões relacionadas a ele.

 

QUAIS SÃO AS FORMAS DE TRATAMENTO E TERAPIA PARA QUEM SOFRE DO PROBLEMA?

ROSOSTOLATO: A psicoterapia é bastante eficaz. A proposta é fazer com que a pessoa substitua a prática compulsiva por escolhas e comportamentos mais adequados, modificando, assim, os valores do sujeito e aguçando o juízo crítico. Resgatar o contato com o outro e as relações sociais. Restituir as identificações e referências, uma maneira de reconstruir o afeto do sujeito, dando-lhe condições de se libertar dessa dependência.

 

Por Lucas Vasques

 

Fonte: http://psiquecienciaevida.uol.com.br/ESPS/Edicoes/125/artigo372160-2.asp

 

 

 

 

 

 

End.: Travessa Manoel Fogueira, 82, Centro – Itabuna (BA).

CEP: 45.600-148 – Tel: (73) 3212-7070 / 98882-8060

E-mail: clinica_persona@yahoo.com.br

Deixe um comentário

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s